O papel da inclusão digital na educação musical

Na Era da Informação em que vivemos hoje, as questões que envolvem a inclusão digital são consideradas dentro da esfera de direito universal, pois estão no contexto social, político, econômico, educacional e, fazem parte do desenvolvimento humano, sendo fundamentais para o exercício da cidadania.

Desta forma, as reflexões e ações na educação musical devem considerar este contexto para entender os paradigmas que compõe a inclusão digital como, por exemplo: a sociedade em rede, a cibercultura, a universalização dos TICs, a Infoinclusão entre outros termos e conceitos que podem representar potencialidades e limitações na realização de processos de ensino e aprendizagem que sejam válidos e significativos no âmbito escolar.

A sociedade em rede, por exemplo, pode ser mais que a conexão social, e sim produto de uma cultura da interatividade como constructo na composição do ser social. Vemos que desde os primórdios, na cultura grega antiga, já na formação da pólis (cidade-estado) se discutia o indivíduo versus o coletivo. A globalização traz como efeito, a padronização cultural, seja de valores ou até comportamento, mas do ponto de vista econômico e social, são as diferenças vistas pela normatização como mercados para promover mudanças de qualidade de vida, assim a produção exacerbada de tecnologias é produto certo no mercado globalizado.

Como apregoam alguns visionários de um futuro próximo: o homem se perguntar se está conectado em rede seria o mesmo se o peixe se perguntar se está na água. Hoje vemos a Inclusão Digital quase como um direito universal, pois, já define o acesso diferenciado, e dá diversas oportunidades tidas como fundamentais. A Inclusão Digital é fundamental para propiciar o desenvolvimento pleno e necessário para a realização da cidadania.

Numa análise do desenvolvimento tecnológico dos últimos anos, vemos que a tecnologia buscou inicialmente a conectividade através das tecnologias 3G, 4G; depois a popularização das nuvens (sistemas de armazenamento e funcionamento em rede); depois a interatividade (como as telas touch); e hoje, vemos que a tendência é a AR, a Realidade Aumentada, ser popularizada (óculos de AR). Enfim, a evolução tecnológica reflete uma busca pela evolução das TIC, Tecnologias de Informação e Comunicação, o que faltam são parâmetros que não só de mercado, que definam os limites para essa busca.

Se por um lado os caminhos e estratégias se transformam, é mais que necessário que também se transforme o homem em seus valores e ações para que a Inclusão Digital representem o desenvolvimento pleno das potencialidades.

Os processos de ensino são transformados pelos meios e também pelo sujeito-objeto desta cultura em transformação que ressignifica os paradigmas do desenvolvimento tecnológico para recolocar e reposicionar no mundo globalizado.

Concluindo, é um caminho longo, mas cheio de surpresas, por exemplo, a AR, também chamada de Realidade Aumentada, que se reflete nas biometrias, reconhecimento facial, para todo tipo de interfaces conectadas em relação com a realidade criando um canal de comunicação, pode se tornar uma importante ferramenta considerando a Educação Musical, podendo estar presentes em estudos técnicos, análise detalhada seja na apreciação ou na performance nos instrumentos musicais, como pode com equipamento de realidade virtual promover ao aluno a vivência nos sentidos de qualquer instrumento musical com se estivesse com ele nas próprias mãos, ou possibilitar o romper dos limites de espaço/tempo e organizar grupos de estudo e performance coletivas, encontros com educadores musicais, músicos e convidados no intuito de promover o encontro de reflexões e pesquisa.

 

 

Referência Bibliográfica:

ARMELIATO, E. A inclusão digital na sociedade em rede. Disponível em < https://ead2.sead.ufscar.br/mod/book/view.php?id=223984&gt; acesso em 15 de out de 2017.

 

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Um comentário em “O papel da inclusão digital na educação musical

  1. Alexandre, assim como você, acredito que a Educação Musical, aliada às tecnologias da informática, pode trazer grandes ganhos para aqueles que dela usufruem. Através da escuta consciente, é possível tornar os cidadãos em bons ouvintes, críticos e com autonomia para fazer suas escolhas, inclusive em aspectos que vão além das questões sonoras, tornando-os agentes de mudanças positivas na sociedade.

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